Elaborado pela gigantesca Vinícola Miolo, este tinto é um corte de Cabernet Sauvignon e Merlot, colhidas no Vale dos Vinhedos. 15% do vinho envelhece em barricas de carvalho americano e os outros 85% permanecem em tanques de aço inox. 12,5% vol álc.Escolha do confrade Laércio Lutibergue, do blog Avaliador de Vinhos, este é o vinho do mês, o 34º., da Confraria Brasileira de Enoblogs.
Rubi, transparente, pouco brilho. Nariz bem discreto, com frutado, leves toques de madeira e algum álcool a incomodar. Boca magra, taninos e acidez equilibrados em pouca presença. Ligeiro em boca e nariz.
Vinho de entrada, o conglomerado vitivinícola Miolo Wine Group assim o define em seu web-site: “Básico Luxo”. Bom, básico é mesmo... Já o luxo, creio, deve-se às vestimentas redesenhadas pelo estilista Ronaldo Fraga. Não vejo outra explicação. Aliás, não vejo como algo básico pode ser luxuoso... Pode ser um básico menos espartano, mas luxo, com certeza não... A questão é semântica mesmo.
Em comparação aos anos anteriores, este corte sem a Pinot Noir está mais acessível, inclusive por ser mais comum à oferta da concorrência e, portanto, mais conhecido do nosso paladar. No entanto, com a Pinot, acho que o vinho tinha mais cor, corpo e alguma rusticidade.
Comprado por R$9,00 em uma promoção do Supermercado Carrefour, o preço x qualidade está bem equilibrado, pra provar uma vez ao ano, no máximo, mas pelos R$20,00 comumente praticados, fica fora da realidade. O Corte V da Vinícola Viapiana, comentado aqui, agrada muito mais, por R$15,00. Isso sem falar nas linhas Family Reserve da uruguaia Montes Toscanini e Privado da argentina Etchart, pra ficar apenas em vinhos que já comentei.
Esta foi mais uma das boas escolhas da CBE, vamos ver o que os demais confrades dizem, mas, pra mim, o mito do marketing foi desfeito, mais uma vez.
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