terça-feira, 25 de maio de 2010

Szent István Korona Merlot 2006

Hungria, Sudeste Transdanubiano. Vinícola Hungarovin elabora este varietal Merlot, com uvas de vinhedos da sub-região Szekszárdi. 12% vol álc.

Nem só de Tokay vive a Hungria, ainda que os vinhos brancos correspondam a 70% dos vinhos húngaros. Aliás, nesta região, os tintos predominam e são elaborados a partir de castas francesas, principalmente, e algumas autóctones, também.

Como curiosidade, esta linha de vinhos têm em seu nome uma homenagem ao Rei Estevão, o Grande, o primeiro rei húngaro, que após grandes realizações para a igreja católica, recebeu do Papa uma coroa de ouro e pedras preciosas, que, posteriormente, viria a ser chamada de Santa Coroa e se transformaria no símbolo do país. Szent István Korona = Coroa de Santo Estevão.

Em taça apresenta um belo rubi, brilhante e levemente translúcido.

Nariz começa plano, fechado e sem muita graça. Após algum tempo torna-se bem interessante, com lembranças a framboesa, amora, ameixa, canela, noz moscada, ervas aromáticas e chocolate. Fundo adocicado acompanha toda a prova.

Corpo leve, com taninos bem discretos e muita refrescância. Aromas de morango, goiaba e madeira marcam o palato. Persistência de 15+ segundos.

No palato também surge a nota adocicada, que desta vez chega a incomodar. Porém, no contato com a comida (estrogonofe de filé), isto se ajusta e o vinho fica redondo.

De início, por ser plano e muito "doce", não gostei, cheguei até a pensar em abrir outro rótulo. Mais algum tempo de aeração e o contato com a comida trouxeram a redenção. Ao final, achei-o instigante e diferente, ao ponto de querer repetir a compra.

Importado pela Hungaria, esta garrafa foi comprada por R$ 32 numa lojinha (que não tomei o cuidado de anotar o nome e esqueci) de bebidas finas e delis ali no Multi Shop da Vila Mariana (R. Pelotas).

2 comentários:

Rômulo Lôbo disse...

Meu caro Marcus, bastante curioso este vinho húngaro. Parabens pela postagem.Infelizmente aqui no Ceará é muito difícil deparar com um vinho desse, diria quase impossível.

MFS disse...

Opa Rômulo,

Eu diria que vinhos como este são difíceis em qualquer lugar. Mesmo aqui em São Paulo eu não o encontro em muitos locais. Em Brasília, onde morei por 6 anos até há pouco tempo, também não o encontraria.

A produção deve ser pequena e o volume de importação, idem. É o típico produto de nicho, o que me causa ainda mais estranheza em encontrá-lo na loja em que comprei, visto que o portfólio é bem pequeno e o público que circula não faz muito o perfil enófilo.

Mas, em passagem por São Paulo, se o encontrar, leve-o para o Ceará, pois é um vinho de corpo leve e teor alcoólico baixo e creio que harmonizará bem com o clima local.

Obrigado pela postagem e volte sempre!

Abs.,
Marcus

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