Hungria, Sudeste Transdanubiano. Vinícola Hungarovin elabora este varietal Merlot, com uvas de vinhedos da sub-região Szekszárdi. 12% vol álc.
Nem só de Tokay vive a Hungria, ainda que os vinhos brancos correspondam a 70% dos vinhos húngaros. Aliás, nesta região, os tintos predominam e são elaborados a partir de castas francesas, principalmente, e algumas autóctones, também.
Como curiosidade, esta linha de vinhos têm em seu nome uma homenagem ao Rei Estevão, o Grande, o primeiro rei húngaro, que após grandes realizações para a igreja católica, recebeu do Papa uma coroa de ouro e pedras preciosas, que, posteriormente, viria a ser chamada de Santa Coroa e se transformaria no símbolo do país. Szent István Korona = Coroa de Santo Estevão.
Em taça apresenta um belo rubi, brilhante e levemente translúcido.
Nariz começa plano, fechado e sem muita graça. Após algum tempo torna-se bem interessante, com lembranças a framboesa, amora, ameixa, canela, noz moscada, ervas aromáticas e chocolate. Fundo adocicado acompanha toda a prova.
Corpo leve, com taninos bem discretos e muita refrescância. Aromas de morango, goiaba e madeira marcam o palato. Persistência de 15+ segundos.
No palato também surge a nota adocicada, que desta vez chega a incomodar. Porém, no contato com a comida (estrogonofe de filé), isto se ajusta e o vinho fica redondo.
De início, por ser plano e muito "doce", não gostei, cheguei até a pensar em abrir outro rótulo. Mais algum tempo de aeração e o contato com a comida trouxeram a redenção. Ao final, achei-o instigante e diferente, ao ponto de querer repetir a compra.
Importado pela Hungaria, esta garrafa foi comprada por R$ 32 numa lojinha (que não tomei o cuidado de anotar o nome e esqueci) de bebidas finas e delis ali no Multi Shop da Vila Mariana (R. Pelotas).
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2 comentários:
Meu caro Marcus, bastante curioso este vinho húngaro. Parabens pela postagem.Infelizmente aqui no Ceará é muito difícil deparar com um vinho desse, diria quase impossível.
Opa Rômulo,
Eu diria que vinhos como este são difíceis em qualquer lugar. Mesmo aqui em São Paulo eu não o encontro em muitos locais. Em Brasília, onde morei por 6 anos até há pouco tempo, também não o encontraria.
A produção deve ser pequena e o volume de importação, idem. É o típico produto de nicho, o que me causa ainda mais estranheza em encontrá-lo na loja em que comprei, visto que o portfólio é bem pequeno e o público que circula não faz muito o perfil enófilo.
Mas, em passagem por São Paulo, se o encontrar, leve-o para o Ceará, pois é um vinho de corpo leve e teor alcoólico baixo e creio que harmonizará bem com o clima local.
Obrigado pela postagem e volte sempre!
Abs.,
Marcus
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