Image by Maricotta Serelepe via Flickr
Em fevereiro, alguns dias antes de saber que me mudaria de Brasília para São Paulo, li um post muito interessante sobre cuidados no transporte de vinhos, que foi escrito pela Fabiana Gonçalves, que mantém o bem informado escrivinhos.com. Quando chegou minha vez de mudar, levei em consideração as dicas dela e adaptei à minha necessidade, visto que a mudança seria para mais de 1000 km de distância e que o intervalo entre empacotar e desempacotar seria de, no mínimo, 5 dias, incluindo 2 dias de estrada.
Optei por cuidar pessoalmente da embalagem dos meus vinhos e de transportá-los no caminhão de mudança. E não me arrependo. Principalmente, porque, no meu carro os vinhos sacolejariam muito mais, visto que num caminhão, cheio de caixas, o pessoal consegue encaixar os pacotes de tal forma que fiquem longe das extremidades e com baixíssima mobilidade.
Os cuidados com as embalagens foram:
* Desligar a adega na noite anterior ao empacotamento, para que as garrafas chegassem lentamente à temperatura ambiente e não estivessem suadas na hora de empacotá-las;
* Obter caixas para 6 garrafas junto aos meus fornecedores locais, pois em caixas pequenas seria mais fácil manter tudo firme, além de no caso de uma "tragédia", ter poucas garrafas perdidas e manchadas;
* Comprar plástico bolha para agasalhar cada garrafa, individualmente. Neste caso, cada metro linear de plástico bolha atende a 5 ou 6 garrafas (dá uma tira de 17 cm ou 20 cm por 1,20 m de comprimento), deixando-as bem protegidas e permitindo boa maleabilidade para encaixar nas caixas, que acabam ficando apertadas ( o que é bom);
* Guardar algumas garrafas vazias, do consumo dos dias anteriores, para preencher espaços em caixas incompletas ou de tamanho fora do padrão;
* Reforçar fundos e laterais das caixas com bastante fita, para evitar que abrissem e torná-las ainda mais firmes.
Embalei tudo um dia antes da transportadora iniciar o empacotamento da mobília em geral, para que a fiscalização de uma atividade não interferisse na realização da outra. No dia de carregarem, cuidei para que o vinho fosse acomodado da forma adequada. Cruzei os dedos e torci para que tudo fosse bem...
... E foi! Nenhuma garrafa quebrada. Zero de perda (nisso, pois nos móveis não foi bem assim...).
Na nova residência, acomodei as caixas já no cômodo onde ficariam, cuidei para que ficassem abrigadas da luz e liguei a adega assim que possível. Apenas a recheei quando ela atingiu a temperatura desejada.
Longe de achar que este seja um manual ou a única forma correta de cuidar do transporte dos vinhos, fica aqui o relato daquilo que deu certo nesta ocasião e algumas dicas para quem vier a precisar.
Ah, o que não fiz e recomendo fazer: A maioria das transportadoras tem um rolo de papelão canelado - e reforçado - que usam para moldar móveis e eletrodomésticos de grande porte ou padrão diferenciado e é uma boa idéia pedí-los para embalar as caixas dos vinhos neste material. Proteção a mais é sempre bom!
Abs.,
Marcus
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