sexta-feira, 14 de maio de 2010

Hermanos Lurton Rouge 2006


Espanha, DO Castilla y Leon. Elaborado por Hermanos Lurton, vitivinicultores franceses, com vinícolas espalhadas por França, Espanha, Portugal, Argentina e Chile. 100% Tempranillo com passagem por barricas de carvalho (não encontrei informações sobre duração deste estágio e a origem da madeira). 12,5% vol álc.

Este tinto foi descontinuado pela vinícola, sendo, atualmente, encontrado apenas o Lurton Blanco, elaborado na DO Rueda, além de outras linhas de tintos e brancos, inclusive com varietais Tempranillo de vinhedos desta mesma DO, assim como o Salamandra já comentado aqui.

Rubi, profundo e brilhante.

Nariz começa fechado... No início frutas maduras, algum tostado. Abre-se após 1h30 de aeração, para aromas típicos da casta, com frutas vermelhas e negras, especiarias, canela, além da baunilha e dos tostados provenientes da madeira. Plano, porém cativante.

Em boca, mesmo caso. Começou duro, áspero e amargo. Precisou de tempo e de temperatura mais elevada (começou em 15oC e atingiu o ápice ao redor dos 20oC-21oC) para arredondar. Corpo mediano, taninos com pegada e intensa refrescância. Final de boca com amoras, especiarias e tostado. Persistência 20+.

Este vinhou ficou guardado, quase que esquecido, por quase 3 anos em minha adega. Por recomendação da vinícola, deveria ter sido consumido entre 2008 e 2009, para explorar o ápice da fruta. De início, tive a impressão de que havia me equivocado ao esperar tanto tempo.

Enquanto preparava o jantar, dei ao vinho uns 40 minutos de janela, porém, ele ainda não estava redondo. Com a comida, veio a redenção e eu logo conclui que fora salvo pelo prato (filé de pernil suíno grelhado com molho de laranja, acompanhado por purê de mandioquinha). Porém a surpresa veio ao final do jantar, ao constatar que o vinho, com este tempo total de aeração, estava totalmente redondo e vigoroso. Ainda que, assim como a recomendação do produtor, o ponto extremo da fruta tenha ficado pra trás. No entanto, a harmonia, creio, impera absoluta neste momento, em detrimento da fruta anterior.

Importado pela Vintage, de Brasília, foi comercializado ao redor dos R$45 na época. Bom preço para um Tempranillo típico e jovem.

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