Espanhol, este Vino de la Tierra de Castilla y Léon é elaborado por Hermanos Lurton. Varietal tempranillo, com 3 meses de afinamento em barricas de carvalho. 13,5% vol álc.
Este mês a indicação para o vinho do mês na Confraria Brasileira de Enoblogs sofreu uma pequena alteração, passamos a indicar país e uva, ou vinho ou um tema, com o objetivo de trazer maior dinâmica nas postagens dos confrades.
A escolha deste mês coube a mim, e a indicação do vinho do mês já estava pronta, Salamandra 2006 das Bodegas Lurton, portanto, indiquei como temática Tempranillo varietal da Espanha e apontei o vinho que comentarei. Se não me engano, esta será a terceira oportunidade de comentar sobre os vinhos espanhóis na CBE. Vamos ver o que os confrades acharão desta escolha e se provarão este mesmo vinho.
Em tempo, cabe-me dar as boas vindas à Claudia Merquior (http://peqprazeres.blogspot.com/), ao André Murici (http://bebendocomosolhos.wordpress.com/, sempre solícito em fornecer informações sobre sua Maceio) e ao Marcelo di Morais (http://www.marcelodimorais.com/blog/index.php) que a partir deste mês passam a integrar a CBE.
Vamos ao vinho...
A família Lurton é tradicional produtora de vinhos na região de Bordeaux, França. Atualmente, possui propriedades e vinícolas em diversas regiões da França, além de Espanha, Portugal, Argentina e Chile. Já provei seus brancos franceses e tintos espanhóis e argentinos e sempre achei que eram vinhos bem elaborados, prazerosos e de boa relação preço x qualidade.
Em taça apresenta um rubi brilhante, com alguma profundidade e reflexos alaranjados em sua borda, demonstrando já alguma evolução.
Nariz começa com chocolate muito presente, escoltado por frutado e toques de baunilha, madeira, típicos. Após alguma aeração e mais tempo de taça, evolui para apresentar, também, uma nota discreta de café, além de especiarias, como canela. Harmoniosa e típica, esta paleta empolga, ainda que não tenha mais o vigor da juventude.
Os aromas se repetem em boca, com maior destaque para frutas, madeira e especiarias, principalmente a canela. Corpo médio, taninos finos e elegantes, porém marcando presença, assim como a acidez, que refresca a boca e convida ao próximo gole. Permanece por bom tempo em boca e nariz, com fortes lembranças das frutas maduras, baunilha e canela.
Considerando álcool, taninos, acidez e o momento atual da garrafa que degustei, creio que haverá alguma evolução em mais 6 meses ou um ano, no máximo. Após atingir este pico, deve se manter bem por uns dois anos, antes de iniciar o seu declínio.
Gastronômico, nesta noite, meio que às pressas, foi bem com pizza (4 queijos e calabresa especial - cebolas, catupiry e azeitonas pretas), porém pode acompanhar pratos à base de açafrão, massas com molhos vermelhos, carnes brancas (ou vermelhas), queijos etc. Sozinho também empolgará.
Este vinho é importado pela Zahil, ao custo médio de R$45,00. Julgo uma boa compra, ainda que nesta faixa de preços, seja possível encontrar alguns Riojas Jovéns ou Crianza, apenas para mencionar alternativas da Espanha.
Por falar em tempranillo da DOCa Rioja, em uma rápida comparação, este vinho de Castilla y Léon não apresenta aquela nota forte e característica de baunilha, da distinta DOCa, no entanto, surgem chocolate e café, que por sua vez não são correntes nos vinhos de lá.
Para conhecer um pouco dos tempranillo que já degustei aqui no blog, clique aqui.
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