domingo, 18 de abril de 2010

Les Caprices d'Antoine 2006


Este tinto, AOC Côtes du Rhone é negociado por Ogier Caves de Papes, um negociante estabelecido nesta região, com vinhedos próprios em Chateneuf du Pape. Assemblage de Syrah, Grenache e Mourvedre, com maturação em barricas de carvalho. 14% vol álc.

Apresenta uma brilhante e translúcida cor rubi, sem qualquer matiz violeta, granada ou laranja em seus reflexos.

Nariz com frutas vermelhas (morango, cereja), herbáceos (algo como manjericão, tomilho discreto), baunilha, além de discretas notas de chocolate ao leite, mentol e pimenta.

Em boca apresenta médio corpo, além de taninos ainda um tanto verdes, rústicos, e uma interessante acidez. Notas aromáticas remetem, principalmente, às frutas vermelhas e às notas herbáceas. Morango marca um gostoso e persistente fim de boca.

Complementam o descritivo do vinho, um álcool incômodo que surgiu quando a temperatura do vinho subiu um pouco, o que foi difícil controlar nesta tarde de 30oC no outono do Planalto Central.

Esta é a terceira garrafa que provo desta linha, sendo a segunda safra distinta (confira aqui a safra 2005). As notas olfativas e gustativas mantem um bom elo entre as safras, evidenciando cuidados enológicos, algo nem sempre comum em vinhos de negociantes (em geral, profissionais, comerciantes, que compram safras e/ou vinhos prontos a bom preço, engarrafam a preço melhor e vendem).

Outra semelhança com a safra 2005 é a vocação gastronômica. Neste almoço de domingo harmonizou-se com risoto de alho poró e filé wellington. Muito bom com os dois pratos. Irá bem com pratos rústicos, carnes assadas, cordeiro, talvez bacalhau (quem sabe?), beef bourguignone (como provei na safra 2005)  etc.

Apesar dos taninos verdes, creio que esteja em seu momento ótimo de consumo, podendo, quem sabe, aveludar um pouco os taninos no próximo ano, porém não deve apresentar grande evolução aromática e olfativa. Deve se manter no auge por um ou dois anos, no máximo.

Importado, distribuído e comercializado pela Vintage Vinhos. A Vintage nasceu e se desenvolveu em Brasília, mas já possui tentáculos em São Paulo (capital e Ribeirão Preto).

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