Este é o 29o. vinho provado pela Confraria Brasileira de Enoblogs, minha 3a. participação e, também, minha primeira indicação. A história da indicação já foi contada em outro post, onde relato o "por que" deste vinho... Em linhas gerais, trata-se do primeiro vinho da safra 2009, que chega escoltado por muito marketing...
Sua cor tende ao rubi, translúcido. Em nariz, primeiro morango, suco de uva, groselha, frutas vermelhas, amora. Em boca... a 5oC, como iniciei o serviço, um tanto aguado, confirma morango e suco de uva.. a 9-10oC, a sensação aquosa some, e o vinho fica bem equilibrado, confirma morangos, frutas, alguma doçura, corpo leve, jovial, tal qual sua proposta... Acima dos 10oC, surge um incômodo amargor, que, inclusive, passa a dar o tom do retrogosto, tornando-se persistente muito além da conta... Rapidinho em nariz, com retrogosto que lembra morango.
Pela minha proposta para a degustação, a escolha do prato para harmonizar não podia ser outra, se não uma pizza! Caseira, 1/2 marguerita com acréscimo de alcachofra, 1/2 calabresa moída com mussarela (em SP chamam esta combinação de Baiana, Baiacatu etc). O resultado da harmonização: mais gelado, lembrou demais um Lambrusco e não agradou. Ao redor dos 10oC, encarou melhor, e teve resultado mais expressivo com a calabresa. Acima dos 12oC, o amargor incomodou muito e parecia melhor apelar para uma cerveja mesmo.
Minhas impressões finais: confirmou a expectativa de ser uma proposta para iniciar os acostumados aos vinhos de mesa, suaves, de garrafão, ou mesmo os cervejeiros, pois é fácil de beber (quando na temperatura adequada) e apresenta alguma doçura, que o tornará mais familiar. No entanto, os enófilos acostumados à vitisvinífera não se empolgarão. Não creio que se possa fazer muito com esta casta em terra brasilis. Seguramente não comprarei outra garrafa desta safra... Quem sabe o 2010...
Comprado na Super Adega, por R$ 19, pode ser encontrado em todo o Brasil em grandes redes de supermercados e wine stores.
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