quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ainda sobre o Encontro de Vinhos: Alguns destaques entre os expositores

Este comentário já deveria ter sido publicado há alguns dias, mas a morte súbita do meu notebook me forçou a postergá-lo um pouco.

Confesso que, mesmo permanecendo na feira por mais de 07 horas, não consegui passar por todos os estandes. Em alguns a atenção e os vinhos servidos foram tão bons que, simplesmente, não dava pra sair correndo. Muitas vezes, no meio do caminho, sempre encontrava alguém pra trocar idéias e impressões e, assim, o tempo passou voando.

Alguns dos destaques foram:

* Eivin: Marcio Marson apresentou os vinhos nacionais que ele distribui aqui em São Paulo. Alguns eu já conhecia, como a linha Don Laurindo, outros não. Entre as primeiras provas, destaque para o Prelúdio do Marco Danielle, um vinho abaixo dos R$ 40,00 e que empolga olfato e paladar. Boa notícia para você que, assim como eu, é consumidor final e tem dificuldade para encontrar vinhos nacionais aqui em São Paulo: eles vendem e lhe entregam todos os produtos do portfólio.

* Lídio Carraro: Aqui o pessoal sabe o que e como apresentar. Foi uma vertical de todas as linhas, com muita informação e contexto. Dádivas Chardonnay 2009 evoluiu muito, mas, emho, ainda carece de um pouco de acidez. Merecem destaque dois tintos de castas de origem italiana, Singular Nebiollo (redondo, elegante, translúcido na cor) e Singular Teroldego (encorpado e complexo no nariz), além do Merlot Grande Vindima (típico, elegante, longo).

* Dyade52: Dois Rieslings (um de Baden, o outro de Württemberg) nos deram as boas vindas. Ambos expressivos e fora do lugar comum. O de Baden, mais fino e elegante, eles recomendam para culinária oriental. Concordo. Um Lemberger. Conhece esta casta alemã? Corpo médio, nariz expressivo e longo fim de boca. Pra fechar, um presente de Pinot Noir. Aromas dominam o ambiente ao ser servido, cheio de tipicidade e complexidade, longo, uma linda cor. Entre um vinho e outro, muita explicação e taças limpas. Vinhos de bom preço que quero provar novamente, com mais calma e com a comida apropriada.

* Interfood: Além da atenção e dos bons vinhos argentinos, Malbec e até Petit Verdot, o destaque vai para um espumante brut de Malbec, que eu, desafortunadamente, não anotei o nome, mas que vale ser revisitado.

* Pacific: Bastante atenção. Entre o que foi apresentado, além do Tiara que foi o 3o. colocado na degustação às cegas, destaques para um fresco Chenin Blanc, um frutado Pinotage e um complexo e longo Syrah, todos sul-africanos da linha Simonsig.

* Ravin: Passei rapidamente, mas consegui provar novamente, agora com mais calma, o vinho vencedor da degustação às cegas, que a R$ 49,00 é uma ótima compra. Vega Sauco Piedras Crianza 2005. Outro tempranillo, este argentino, o Santa Julia Tempranillo é a minha segunda recomendação deste importador.

Pra finalizar, vinhos de duas vinícolas ainda sem importação no Brasil. Fato que, segundo eu ouvi por lá, está para mudar em breve.

* Pago Casa Gran: Esta bodega de Valência trouxe 4 tintos, cortes de castas autóctones e francesas. Emho, destaque para o Falcata, corte de Garnacha e Monastrell, cheio de cor, aromas e sabores, com boa pegada e elegância.

* Pietro Beconcini: Este produtor italiano trouxe Chianti, dois tempranillos (os únicos na Itália) e um vin santo. O chianti rendeu elogios entre os colegas que o provaram. Os tempranillos, apesar da pouca tipicidade, são bons vinhos que merecem ser conhecidos. Já o Caratello, o vin santo, este encerrou a minha noite e permanece comigo até hoje, enquanto escrevo estas palavras. Belo dourado, muito mel, flores e frutos secos. Longo, muito longo...

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