Nacional, do Vale dos Vinhedos, este Merlot varietal é elaborado pela Vinícola Milantino. Não encontrei informações sobre passagem por carvalho, mas a estrutura do vinho indica um leve estágio em barricas. 12,8% vol álc.
Em taça apresenta uma cor rubi, brilhante e profunda, com uma leve matiz acastanhada em sua borda, demonstrando alguma evolução.
No nariz, começou com camadas de frutas vermelhas maduras em compota e madeira. Muito instigante, vibrante, com características bem novo mundo. Após algum tempo, evoluiu, acalmando os aromas compotados, deixando a fruta mais livre e discreta e fazendo surgir especiarias, herbáceos e baunilha. Nesse momento, mais parecido com os vinhos do velho mundo. O único senão é que o álcool esteve a incomodar todo o tempo.
Em boca, taninos muito finos e elegantes, discretos mesmo, escoltados por mediana acidez. Estruturado. Confirma especiarias - canela, principalmente -, compota de frutas. Desta vez, o álcool apresentou-se mais comportado. Fim de boca longo.
À exceção do álcool no nariz, que deve ser corrigido com uma temperatura de serviço mais baixa, ao redor dos 16oC/17oC (comecei o serviço ao redor dos 21oC), é um vinho interessante e gastronômico, como a maioria dos Merlots da Serra Gaúcha.
Acompanhou Picanha grelhada e purê de batatas com gorgonzola. Comportou-se muito bem com a carne. Será bom acompanhamento, também, para carnes vermelhas assadas e massas com molho de tomate.
Pela estrutura, creio que ainda apresentará alguma evolução, não por muito tempo, em função dos seus taninos. Deve se manter vivo por 3-4 anos, podendo envelhecer bem por mais uns 3 anos.
Comprada no Makro Speciale, esta garrafa me custou ao redor dos R$25, sendo, por este preço, uma boa compra.
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