Este uruguaio, elaborado pela Bodega Bouza em Canelones, é um incomum corte de Tempranillo (50%), Merlot (25%) e Tannat (25%). Estágio de 9 meses em barricas francesas e americanas, engarrafamento sem filtragem e distribuição imediata. 13% vol. álc.
Rubi, denso. Nariz com amora, cereja, ameixa, groselha, banana, baunilha, chocolate, alguma nota animal. De bom corpo, seus taninos são presentes e um pouco rústicos, dando certa identidade para este vinho, ponto pra Tannat. A acidez está bem equilibrada no conjunto, refresca e convida ao próximo gole. Em boca surge uma goiaba muito interessante (e não evidenciada no nariz), num fundo frutado, com pouca – ou nenhuma – presença de madeira. Longo e agradável fim de boca. Persistência 25+.
Muito intrigante, este vinho apresenta distintamente características das 3 variedades, com a Tempranillo dominando o nariz, a Tannat a estrutura e a Merlot, assim como faz em boa parte de Bordeaux, agindo como coadjuvante indispensável, que aporta elegância e amarra todas as características em um conjunto sinérgico. Além disso, parabéns à Bouza e a seu enólogo, Dr. Eduardo Boido, pois as castas, individualmente, apresentam o que de melhor conseguem expressar em seus terroirs naturais.
Tem estrutura para suportar ainda algum tempo em garrafa. Creio que pode evoluir no próximo ano e se manter por mais uns dois anos.
Corte elaborado especialmente para a Sociedade da Mesa, ainda pode ser encontrado em seu website, por excelente custo x benefício. Outros rótulos desta Bodega são importados pela Decanter.
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