Elaborado por Bodegas Escorihuela em Mendoza, Argentina, este tinto é um atípico varietal de Sangiovese. Atípico pois esta casta, que produz o que há de melhor na Toscana, Itália, não é muito encontrada em outros países. Além disso, como sabemos, nos tintos, os portenhos investem tudo e mais um pouco em Malbec (e mais recentemente em Syrah e Pinot Noir, esta última mais ao sul). Com estágio de 7 meses em barricas, sendo 80% barricas francesas e 20% barricas americanas. 13,8% vol álc.
Rubi, brilhante, translúcido. Nariz apresenta frutas vermelhas, com cereja e morango mais evidentes, leve duçor e uma madeira, mais fechada de início, que se abre para café e uma baunilha mais escondida. A boca, de corpo médio, com tâninos de média adstringência e acidez bem presente, é mais marcada pela madeira do que pela fruta, apresentando leve amargor final, que se alivia com o arejamento do vinho. Retrogosto com leve frutado, baunilha, algum tabaco. Persistência 20+.
É um bom vinho, porém não muito gastronômico. Suas principais características remetem mais à madeira do que à uva, o que não me agrada muito, mas é um vinho muito bem feito, sem defeitos aparentes. É bem estilo novo mundo. Quanto à longevidade, segundo o sommelier da Super Adega, este vinho deve chegar até 2013, antes de iniciar o declínio, e creio que ele tenha razão.
Nesta ocasião o elegi para acompanhar risoto de mix de cogumelos com rúcula, manjericão e gruyere e medalhão de picanha. Não houve harmonização. Pelos aromas, só desencontro. Pelo corpo, houve mais conversa com o risoto, sendo que sua acidez tornou-o mais amigo da proteína bovina. Mas, decididamente, não é vinho pra mesa. Se a escolha for um sangiovese, que seja um italiano mesmo.
Esta linha de varietais contém, ainda, Malbec, CS, Syrah e Tempranillo. Pelo cuidado observado na elaboração deste, vale a pena avaliar os demais.
Importado pela Wine Company, foi comprado na Super Adega por R$39,00.
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2 comentários:
Marcus, parece que fazem mesmo bons vinhos. Comentei um Malbec no blog.
Saúde!
VPT
Pois é, também fiquei curioso sobre o Malbec, pois já o imaginava um bom vinho. Agora, com a sua chancela, vou tentar prová-lo.
Outro que me interessa é o Tempranillo.
Assim que possível, publico minhas impressões.
Abs.,
Marcus
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