Este é um rosado riojano, mais especificamente, um clarete. Elaborado pela Bodega Honorio Rubio Villar com 50% Garnacha e 50% Viúra. Tem discretos 12,5% vol alcoólico.
De acordo com o informativo que o acompanhou, o Clarete é um tipo especial de vinho, obtido a partir da vinificação em tinto de uvas tintas e brancas (Viura), onde a maturação dura um dia, da colheita ao dia seguinte.
Confesso que eu procurei outras fontes (Larousse do Vinho, DOCa Rioja) para complementar esta informação e até para comparar com a vinificação de rosés da rioja, mas não encontrei nada.
Este está fresquinho na memória, foi provado ontém.
A cor lembra casca de cebola. É muito bonita. No nariz, primeiro morango, algum cítrico, um pouco fechado, depois surgiram pêssego e florais. Na boca, o que me chamou a atenção foi que, em temperatura mais baixa, dá a aquela sensação de agulhada na ponta da língua, peculiar dos espumantes (é claro que não é tão intensa e nem duradoura). Muito refrescante, acidez bem acentuada. Sem grande persistência em boca ou nariz. Em taça, os aromas tendem a fugir rapidinho.
Eu comecei o serviço em temperatura baixa, 8oC-9oC, e apesar de estar fechado, mostrou-se muito refrescante. Minha preferência. Assim parece ir bem com qualquer pescado, crustáceo, molusco etc. Depois, testei uns 3oC-4oC mais quente, ficou muito mais aromático e vivo em nariz, preferência da minha esposa, mas a boca perdeu a vivacidade. Em contra-partida, torna-se companhia de um leque maior de pratos e entradas.
Desta vez acompanhou apenas um carpaccio de filé, pois o jantar tinha de ser simples e apenas a (boa) abertura de uma noite longa...
Detalhe, o ideal, assim como é convencional em rosados, é serví-lo em taças menores, esta da foto é grande, apenas por uma questão de estética à mesa... Mas o que eu quero dizer, é que, testado nas duas taças, os aromas se apresentam mais intensos na taça menor, no entanto, parecem permanecer por mais tempo na maior.
Foi importado pela Sociedade da Mesa e não tenho certeza se ainda está disponível.
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