segunda-feira, 13 de julho de 2009

Nacionais acima dos R$100, R$150, R$200...

Num mercado em formação, carente de consumidores informados, bons produtos de entrada, que sejam, ao mesmo tempo, acessíveis e consistentes, será que lançamentos enquadrados em faixas de preço tão elevadas, sustentados muito mais por marketing do que por história e resultados, ajudam ou atrapalham?

Gosto de pensar por analogia, é um atalho mesmo, coisa de quem pensa mais com as mãos... Será que a Alemanha teria Mercedes-Benz, BMW e Audi, custando - e, principalmente valendo o que valem (por aqui, mais ainda) -, se não houvesse uma Volkswagen (e outras que desconheço) bem estabelecida por lá, para atender à fatia consumidora de entrada? E a Ferrari, na Itália? Seria a mesma sem a Fiat?

Não quero aqui evocar Kottler, tão pouco ofendê-lo com análises tão simplistas, aliás, creio que há algo errado se precisamos de Kottler para entender, e atender, necessidades tão básicas...

O jeito é desarolhar mais alguns e seguir pensando, com ou sem analogia, pois não vejo como a lógica atual me favorecerá no futuro... E por favorecimento, entenda: se o Brasil quer ser um sério produtor de vinhos, quero beber mais vinhos nacionais (como fazem as principais culturas vinícolas desenvolvidas), porém de melhor qualidade e a preço do dia-a-dia, pois não dá mais para escolher entre trocar de carro ou abrir um vinho "bem mais ou menos" de R$30,00 por dia.

Por que os países desenvolvidos conseguem ofertar bons vinhos "nacionais" para o dia-a-dia (alguns até para outras ocasiões) que custam 0,1% ou 0,05% do salário mensal de um trabalhador comum, e aqui no Brasil nós precisamos desembolsar, 1%, 2% ou até 3% do nosso salário mensal para atender à mesma necessidade? Com 1% do salário por garrafa x 30 garrafas, o terço que eu deveria poupar, eu bebi... Ou não... E aí não contribuo para aumentar os atuais 2 litros de vinho per capita...


Abs.,
Marcus

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